Apresenta uma cor violeta intensa. Exibe aromas nativos puros e límpidos com um toque de especiarias e notas de grafite. No paladar é suculento e equilibrado. Os taninos são firmes e aveludados, proporcionando um final longo e persistente.
Proveniente do segundo e terceiro terraço dos vinhedos de Koyle, na região de Los Lingues, no Vale de Colchagua andino, esta seleção vem de setores mais pedregosos, com baixa porcentagem de argila e muitas pedras que proporcionam rendimentos baixos e grande concentração. Totalmente desengaçado na fermentação, e com cerca de 18 meses de envelhecimento em barricas, é um carménère de grande profundidade, com sabores de frutas azuis, um pouco doces, mas também muitas especiarias e ervas. O paladar é cremoso, com taninos muito finos e uma acidez que se projeta por todo o palato.
O carménère em Colchagua (e em muitos outros lugares onde o clima permite completar sua tardia maturação) está evoluindo para sabores mais frescos, e também perdendo a vergonha de mostrar o lado herbáceo próprio da cepa. Neste caso, trata-se de uma seleção de vinhedos em solos pobres em matéria orgânica nas encostas de Los Lingues, na zona andina do Vale de Colchagua. Possui notas herbáceas e frutadas em quantidade similar, o paladar é suave, mas ao mesmo tempo com uma rica tensão que proporciona frescor e também aderência. Um carménère de nova escola, muito mais fresco e com menos presença da madeira que antigamente.
Os Undurraga são uma das famílias mais tradicionais dedicadas ao vinho no Chile. Após venderem a famosa vinícola Undurraga há mais de uma década, plantaram 80 hectares no setor de Los Lingues, no extremo da cordilheira do Vale de Colchagua. Assim nasceu a Koyle. Seguindo a viticultura orgânica e biodinâmica, elaboraram em seus primeiros anos apenas vinhos tintos, mas com o tempo expandiram seu catálogo também para os brancos, vinificando uvas de Paredones, na zona costeira de Colchagua.