De coloração vermelho-púrpura profundo, apresenta aromas intensos que remetem a cerejas e morangos delicadamente mesclados com notas de tabaco, cedro e alecrim, complementados por um leve toque defumado. Na boca, mostra-se suculento, com taninos doces e maduros que conferem boa estrutura e volume. Fresco e elegante, com um final persistente. Recomendado para guarda.
A primeira versão do Coyam foi em 2001 e até 2003, quando surgiu o Ge, foi o topo da Emiliana e o primeiro vinho tinto da propriedade Los Robles, com cerca de 90 hectares de vinhedos plantados em 1992 no Vale de Colchagua. Coyam continua vindo exclusivamente de Los Robles e segue sendo um multivarietal (este ano tem 38% de syrah, 34% de carménère, 7% de cabernet sauvignon, 8% de garnacha, 5% de monastrell, 4% de cariñena e o restante de tempranillo e petit verdot). Mas o que não continua sendo é aquele vinho mais pesado, com maior extração. O novo Coyam tem um foco nas frutas vermelhas, nos taninos suaves, na fluidez e no corpo, que aqui se sente ágil, complementado por uma acidez refrescante. Um dos nossos Coyam favoritos, assim como foi o 2021.
Em 1986, a Emiliana separou-se da Concha y Toro para iniciar sua trajetória como vinícola independente. Após apostar no cultivo orgânico de seus vinhedos, nos últimos anos foi ainda mais longe, abraçando também a agricultura biodinâmica. Atualmente, das suas 857 hectares de vinhedos, 700 estão certificadas como biodinâmicas. O grande impulsionador da transformação da Emiliana na maior vinícola orgânica do Chile foi o empresário José Guilisasti (1957-2014). Como uma grande vinícola, a Emiliana possui vinhedos em alguns dos vales mais importantes da zona central chilena, entre eles Maipo, Cachapoal, Colchagua e Casablanca.
Apesar de sua relativa juventude (em termos de produção vinícola), o Vale de Colchagua agora ostenta alguns dos vinhos mais prestigiados do Chile.