Vermelho escuro profundo com reflexos violáceos. Uma combinação de frutas vermelhas e negras maduras, violetas e especiarias.
Carmín de Peumo é o topo dos carménère da Concha y Toro, uma vinícola que tem em seu catálogo 8 carménère diferentes. Esta é uma seleção do talhão 32, plantado em 1983 nas encostas de Peumo, no Vale de Cachapoal. Tem 13 meses de envelhecimento em barricas, mas sobretudo uma extração muito delicada, muito sutil, o que resultou em um tinto de muita suavidade, etéreo no sentido da fineza de seus taninos. Delicado, mas nem por isso menos frutado, porque aqui as frutas vermelhas dominam, reinam em um vinho que é produzido desde 2003 e onde hoje vemos uma mudança. Este estilo, mais sutil, não tem nada a ver com o que foi feito no início, não tem a brutalidade daqueles anos. Os gostos mudam, certamente. Nossos gostos mudam aqui no Descorchados. Portanto, este Carmín, de acordo com nossos gostos atuais, é uma das melhores versões.
A safra 2021 foi fresca em todo o Vale Central, e também nas encostas de Peumo, no centro do Vale de Cachapoal. Esta é uma versão de muita suculência e elegância. O vinho parece se desenrolar na boca, parece expandir-se pouco a pouco, mostrando seus sabores frutados e seus aromas herbáceos gradualmente. A textura é fina, delicada inclusive, a acidez é suculenta, cheia de frescor e com força suficiente para dar energia aos sabores. Uma das boas safras que provamos, talvez equivalente à grande 2018. Carmín estreou com a colheita de 2003 e desde então é uma seleção do talhão 32, um setor da vinha em Peumo, às margens do rio Rapel, de cujas 28 hectares são utilizadas 7 que geralmente produzem cerca de 18.000 litros em média. São vinhedos plantados em 1983, sobre solos de argila e pedras nas colinas que margeiam o rio Cachapoal, em seu caminho para o lago Rapel.
A maior vinícola do Chile e da América Latina possui mais de 9.000 hectares de vinhedos nas principais regiões do país, desde Limarí até Maule. Fundada em 1883 pelo político e empresário Melchor Concha y Toro, a empresa iniciou um século depois uma revolução interna sob a liderança da família Guilisasti e do diretor geral, Eduardo Guilisasti. Esse processo, que os levou a liderar o setor, foi focado na modernização da vinícola e, particularmente, na expansão de seus vinhedos e na descoberta dos terroirs adequados para suas diversas linhas, que hoje vão desde o massivo Frontera até ícones como o Don Melchor, sob responsabilidade do enólogo Enrique Tirado. Como diretor técnico do grupo está Marcelo Papa.