Crianza em espanhol significa envelhecimento em barril. O cabernet franc e o malbec se dão bem juntos. O franc contribui com notas herbáceas e taninos firmes, enquanto o malbec adiciona todas aquelas notas frutadas, toda aquela exuberância. O malbec aqui vem de vinhedos próprios em Gualtallary, enquanto o franc é de vinhedos de terceiros, todos no Valle de Uco. É um tinto adorável, suculento, frutado, com sabores profundos e textura firme, com taninos afiados e finos. Um vinho para acompanhar charcutaria.
A mistura de cabernet franc com malbec é uma das melhores ideias que os viticultores do Vale do Uco tiveram nos últimos anos. As notas herbáceas e os taninos firmes do franc se unem à generosidade frutada e suavidade do malbec. De certa forma, o franc acalma o malbec, tornando-o algo mais austero, como neste caso, onde a mistura é de 50% cabernet franc e 50% malbec, tudo de vinhedos em Gualtallary, mas também um pouco de El Cepillo e de San José, todos no Vale do Uco, aos pés dos Andes. É tenso em taninos, firme em acidez, suculento e com um final refrescante de ervas.
Fundada em 1886, a Rutini é uma das grandes vinícolas da Argentina. Conta com a infraestrutura e tecnologia necessárias para produzir cerca de 16 milhões de litros por ano, distribuídos em diversas linhas de vinhos e variedades. O volume que trabalham não os impede de fazer vinhos com personalidade, capazes de se diferenciarem uns dos outros, especialmente desde que o renomado Mariano Di Paola, enólogo-chefe desde 1994, levou esse desafio muito a sério. Di Paola começou a colher as uvas mais cedo, reduzir o teor alcoólico e diminuir a influência da madeira. Uma abordagem que tem marcado o rumo da vinícola nos últimos anos.
Sinônimo de Malbec, Mendoza é a maior região vinícola da Argentina e sua mais conhecida, ostentando vistas incríveis no sopé dos Andes, além de abrigar a maioria das principais vinícolas do país.