Apresenta coloração vermelho-púrpura, brilhante com reflexos oleosos. No nariz, exibe aromas de frutas vermelhas maduras, ameixas e figos passas. Na boca, revela frutas maduras adocicadas com notas de canela, caramelo e amêndoas tostadas.
Avaliações de Críticos
Este tannat vem de um dos vinhedos mais antigos do Uruguai. Plantado há 50 anos na tradicional região de Las Violetas, em Canelones, este vinho é fruto de um ano fresco e chuvoso que representou um contratempo no estilo geralmente maduro e suculento da Bouza, mas que aqui no Descorchados nos lembra muito da excelente safra de 2019, similar em condições climáticas e estilo de vinhos. Este apresenta frutas vermelhas reluzentes em frescor, taninos firmes e marcantes; acidez fresca, final com notas de ervas e flores. Um vinho delicioso e um dos melhores (e com mais caráter) que já provamos da Bouza. Um Las Violetas como retrato fiel do terroir.
A Vinícola Bouza
A família Bouza chegou ao Uruguai desde a Galícia em 1955, estabelecendo-se em Las Piedras, a 20 quilômetros da cidade de Montevidéu, em Canelones. Primeiramente começaram a fazer pão, para então se dedicarem à produção de massas. Em 2002, no entanto, decidiram diversificar e adentrar o mundo do vinho, adquirindo uma antiga vinícola construída em 1942, em Melilla. A primeira colheita foi em 2003.
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Coração da viticultura uruguaia, Canelones concentra 60% dos vinhedos do país em seus 4.536 km² de colinas suaves e planícies próximas ao Rio da Prata. Os solos argilosos e calcários, combinados ao clima temperado oceânico, criam condições ideais para Tannat - a uva emblema do Uruguai - que aqui desenvolve estrutura robusta e taninos aveludados únicos. A região também se destaca com Cabernet Sauvignon, Merlot e crescentes plantios de Albariño, produzindo vinhos de caráter atlântico com mineralidade salina e frescor que refletem a proximidade com o oceano, estabelecendo Canelones como a principal denominação vinícola sul-americana.
