Apresenta uma cor vermelha intensa com reflexos granada, alta intensidade cromática e elegantes lágrimas de queda lenta. Ao nariz é delicado, com frutas vermelhas maduras, cereja e marmelo, acompanhados de notas condimentadas que lembram alcaçuz e canela. Generoso na boca, com taninos macios e suculentos em um fundo picante.
A Bouza começou a plantar albariño em 2001, pouco menos de um hectare, na região de Las Violetas, no coração histórico do departamento de Canelones. Este albariño vem de uma reprodução desse material original (importado pela Bouza da Europa) plantado também em Las Violetas em 2010, uma vinha vizinha aos talhões originais B17 e B18, sobre os solos de argila e calcário que são típicos da região. Esta é a primeira vez, desde que a vinícola produziu seu primeiro albariño em 2004, que eles se atrevem a subir um degrau na variedade da qual são pioneiros no Uruguai. E é um degrau bem grande, bem alto para ser honesto. Não tem madeira, apenas estágio em suas borras por cerca de cinco meses em tanques de aço. E mostra agora uma profundidade deliciosa, repleta de frutas maduras acompanhadas daquela acidez firme e tensa que caracteriza os brancos da casa. Um vinho para guardar pelo menos dez anos.
Este tannat vem de um dos vinhedos mais antigos do Uruguai. Plantado há 50 anos na tradicional região de Las Violetas, em Canelones, este vinho é fruto de um ano fresco e chuvoso que representou um contratempo no estilo geralmente maduro e suculento da Bouza, mas que aqui no Descorchados nos lembra muito da excelente safra de 2019, similar em condições climáticas e estilo de vinhos. Este apresenta frutas vermelhas reluzentes em frescor, taninos firmes e penetrantes; acidez fresca, final com notas de ervas e flores. Um vinho delicioso e um dos melhores (e com mais caráter) que já provamos da Bouza. Um Las Violetas como retrato fiel de seu terroir.
Um merlot no estilo clássico de Bouza, uma vinícola que trabalha com tintos de estilo suculento, de muita maturidade e untuosidade. Este vem de vinhedos com cerca de 20 anos na tradicional região de Las Violetas, no coração de Canelones, e tem 14 meses de envelhecimento em barricas. Os aromas e sabores são percebidos como doces, a textura muito suave, os taninos amáveis, redondos. O final de boca tem aquela doçura encantadora para dias de inverno.
A família Bouza chegou ao Uruguai desde a Galícia em 1955, estabelecendo-se em Las Piedras, a 20 quilômetros da cidade de Montevidéu, em Canelones. Primeiramente começaram a fazer pão, para então se dedicarem à produção de massas. Em 2002, no entanto, decidiram diversificar e adentrar o mundo do vinho, adquirindo uma antiga vinícola construída em 1942, em Melilla. A primeira colheita foi em 2003.