Pumanque, em direção à costa do Vale de Colchagua, e a cerca de 26 quilômetros em linha reta até o mar, é uma região onde a Santa Rita apostou em tintos frescos, especialmente no cabernet franc, a variedade que tem proporcionado melhores resultados, de acordo com nossas degustações. Os aromas herbáceos dominam o nariz deste franc fresco e vivaz, a textura tem taninos marcantes, mas ainda assim se sente suave, fluido. Possui 15% de cachos inteiros na fermentação, e isso parece ter dado um toque extra de sabores e aromas frutados.
Em um ano bastante quente em Alto Jahuel, as uvas para este vinho foram colhidas na primeira semana de março, bem adiantado para preservar o frescor e as frutas vermelhas da variedade. Este ano também tem um pouco de Pumanque (15%), próximo ao litoral de Colchagua. É um vinho penetrante, os taninos são afiados, a sensação de aderência faz pensar em carne na brasa. Os aromas e sabores lembram ervas e frutas negras, a acidez é refrescante em um tinto para ser bebido agora ou para guardar por alguns anos.
Fundada em 1880 em Alto Jahuel, aos pés da cordilheira, a Santa Rita é uma das vinícolas clássicas do Chile e uma das maiores em termos de produção. É, também, a vinícola-mãe do Grupo Santa Rita, que conta com várias filiais: Carmen, Nativa, Terra Andina e a argentina Doña Paula, cada uma administrada de forma independente. A partir de sua localização privilegiada no Alto Maipo, produz alguns dos melhores cabernet sauvignon do país, sendo o mais destacado o Casa Real Reserva Especial, um tinto histórico na cena nacional que nasce de videiras plantadas nos anos 70. Algumas das linhas mais conhecidas do extenso portfólio da Santa Rita são Medalla Real, Casa Real, a premium Floresta e os rótulos top Pewën e Triple C.