Para este Amelia, o enólogo Marcelo Papa decidiu basear-se em 80% no talhão 15, pouco mais de 3 hectares de solos ricos em calcário, com porções de argila e algumas pedras, tudo no vinhedo Quebrada Seca no Vale de Limarí, a aproximadamente 22 quilômetros em linha reta do mar. Aqui há uma textura firme, essa sensação de giz que é muito característica desses solos calcários. Também possui aquela salinidade típica de Limarí em solos calcários e muitas frutas vermelhas frescas, ácidas, em um vinho encantador, delicioso para ser bebido aos litros no verão. Além disso, é um vinho sério, complexo e com potencial de guarda, sendo essa dicotomia o seu maior valor.
O Amelia Pinot começou a ser produzido na safra de 2017, sempre a partir de vinhedos de Limarí. Este ano vem de uma base de vinhedos do talhão 5, com dois terços do volume total. O outro terço vem do talhão 15, que foi plantado em solos com maior proporção de calcário. Essa nova incorporação parece ter dado uma estrutura muito mais firme a este Pinot, com acidez e taninos firmes, e uma sensação tensa que se projeta por toda a boca. Os sabores são frutados e herbáceos, e também está presente aquela nota salina muito característica dos vinhos de Limarí.
A maior vinícola do Chile e da América Latina possui mais de 9.000 hectares de vinhedos nas principais regiões do país, desde Limarí até Maule. Fundada em 1883 pelo político e empresário Melchor Concha y Toro, a empresa iniciou um século depois uma revolução interna sob a liderança da família Guilisasti e do diretor geral, Eduardo Guilisasti. Esse processo, que os levou a liderar o setor, foi focado na modernização da vinícola e, particularmente, na expansão de seus vinhedos e na descoberta dos terroirs adequados para suas diversas linhas, que hoje vão desde o massivo Frontera até ícones como o Don Melchor, sob responsabilidade do enólogo Enrique Tirado. Como diretor técnico do grupo está Marcelo Papa.
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