Rías Baixas

Variedades de uva

Rías Baixas é uma Denominação de Origem (DO) relativamente jovem, estabelecida em 1988, mas que rapidamente ganhou prestígio graças aos esforços de seus produtores empreendedores, que adotaram técnicas modernas de vinificação para destacar a uva Albariño.

A composição varietal dos vinhos pode variar, mas todos os vinhos rotulados como Rías Baixas devem conter pelo menos 70% de Albariño, com o restante composto por Treixadura, Torrontés, Loureiro e Caiño Blanco, uma uva galega raramente vista que é frequentemente confundida com Albariño. Uma pequena quantidade de vinhos tintos também é produzida nesta parte da Espanha, predominantemente a partir das uvas Mencía e Sousão (Vinhão).

Estilos de vinho

Os melhores vinhos de Rías Baixas são caracterizados por seus aromas intensos e um agradável e longo final floral, muitas vezes realçado por uma leve efervescência. Os solos graníticos da região ajudam a conferir ao vinho uma intensa mineralidade. Algumas versões mais doces também estão disponíveis, que podem apresentar características de botrytis. Vinhos que passam por envelhecimento prolongado em madeira também são produzidos.

Zona vitícola e clima

A região, composta por cinco subzonas, estende-se ao longo da costa atlântica espanhola, desde o sul de Santiago de Compostela até a fronteira com Portugal, uma distância de aproximadamente 100 km. Rías Baixas recebe seu nome das enseadas costeiras (ou rías) que caracterizam a paisagem local.

Os vizinhos da DO incluem Ribeiro a leste e Minho (lar do Vinho Verde) ao sul, logo após a fronteira com Portugal. As três regiões têm mais em comum do que apenas seu clima influenciado pelo Atlântico – todas são conhecidas por seus vinhos brancos frescos, crocantes e aromáticos, e todas as três utilizam a Albariño em alguma medida.

Não surpreendentemente, o Oceano Atlântico é uma influência fundamental no clima de Rías Baixas. A precipitação média é muito alta, às vezes excedendo 1.800 mm por ano, e névoas e neblinas do mar também contribuem para o clima fresco. Este clima é o motivo pelo qual Rías Baixas é tão bem-sucedida com a Albariño – as influências refrescantes do oceano ajudam as uvas a reter a acidez vibrante e refrescante, tão vital para o estilo distintivo dos vinhos locais.

Vinhedos

Embora vinhedos comerciais maiores estejam se tornando mais comuns, pequenas propriedades familiares ainda são uma parte fundamental da indústria vinícola local, abastecendo vinícolas privadas e cooperativas. O sistema de condução em pérgola alta (ergola) é tradicionalmente a norma aqui, permitindo o pastoreio ou outras atividades sob as videiras.

Sub-regiões

Existem algumas distinções no terroir de Rías Baixas, e a DO é dividida em cinco subzonas diferentes, cujos nomes podem aparecer nos rótulos:

As zonas mais importantes, Val do Salnés e O Rosal, estão localizadas na própria costa. Val do Salnés é a zona mais fresca e úmida, com vinhedos localizados em encostas suaves e nos fundos planos do vale do rio Umia.

O Rosal, por outro lado, abriga vinhedos em terraços nas encostas com vista para o rio Miño e a região do Vinho Verde em Portugal. Soutomaior é a menor subzona de Rías Baixas, enquanto Condado do Tea e Ribera do Ulla estão um pouco mais para o interior, sendo as subzonas mais quentes.