A safra 2020 no Vale dos Vinhedos foi seca e quente, algo incomum que resultou em vinhos com um dulçor suculento, maduro e sumarento. Este é um vinho encorpado, que expressa essa safra, o sol daquele ano. Os taninos são firmes, mas nada agressivos. Um cabernet para se pensar em jantares de inverno, este tem 18 meses em barricas e vem de frutas do Vale dos Vinhedos, onde também se encontra a vinícola Valduga.
A família Valduga chegou do norte da Itália ao Vale dos Vinhedos em 1875, sendo uma das primeiras a desenvolver a viticultura na região. Em 1982, começaram a envasilhar seus próprios vinhos, com um portfólio de vinhos tranquilos e espumantes. Hoje, o catálogo da Casa Valduga se destaca por alguns espumantes ambiciosos, que podem passar vários anos de criação antes de serem comercializados. Eles elaboram seus vinhos principalmente com as 200 hectares que possuem no Vale dos Vinhedos, embora também utilizem vinhedos próprios na Serra do Sudeste e na Campanha. A produção total da vinícola é de 2.000.000 de garrafas, das quais 55% são espumantes.
A primeira Denominação de Origem do Brasil, reconhecida em 2002. Localizada na Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul, abrange 81,23 km² entre os municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul. O terroir combina solos basálticos bem drenados com altitude entre 400-600 metros e clima temperado úmido, criando condições ideais para variedades europeias. Destaca-se pela produção de Merlot, que representa mais de 40% dos vinhedos, seguido por Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Chardonnay. Os vinhos apresentam elegância e estrutura, com tintos de boa concentração e brancos frescos e aromáticos, consolidando o Vale dos Vinhedos como referência na vitivinicultura brasileira de altitude.