Do sul do Brasil, quase na fronteira com o Uruguai, este é um sauvignon nítido em sua expressão varietal: os aromas herbáceos unidos a notas de frutas brancas cítricas. Na boca é potente, de muita estrutura, com acidez marcante e firme que se projeta até o final, refrescando tudo. Sem passagem por madeira, esta é uma das expressões mais claras de sauvignon blanc no Brasil e isso é apreciado, sobretudo em um país onde abundam os brancos cheios de madeira ou sobremaduros. Este segue por outro caminho.
Um corpo firme sobre uma acidez afiada, rica em força e que consegue equilibrar os sabores maduros de frutas brancas. É um sauvignon de corpo grande, que precisa de ostras.
A família Valduga chegou do norte da Itália ao Vale dos Vinhedos em 1875, sendo uma das primeiras a desenvolver a viticultura na região. Em 1982, começaram a envasilhar seus próprios vinhos, com um portfólio de vinhos tranquilos e espumantes. Hoje, o catálogo da Casa Valduga se destaca por alguns espumantes ambiciosos, que podem passar vários anos de criação antes de serem comercializados. Eles elaboram seus vinhos principalmente com as 200 hectares que possuem no Vale dos Vinhedos, embora também utilizem vinhedos próprios na Serra do Sudeste e na Campanha. A produção total da vinícola é de 2.000.000 de garrafas, das quais 55% são espumantes.
A primeira Denominação de Origem do Brasil, reconhecida em 2002. Localizada na Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul, abrange 81,23 km² entre os municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul. O terroir combina solos basálticos bem drenados com altitude entre 400-600 metros e clima temperado úmido, criando condições ideais para variedades europeias. Destaca-se pela produção de Merlot, que representa mais de 40% dos vinhedos, seguido por Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Chardonnay. Os vinhos apresentam elegância e estrutura, com tintos de boa concentração e brancos frescos e aromáticos, consolidando o Vale dos Vinhedos como referência na vitivinicultura brasileira de altitude.